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Ouvir mais, falar menos

Falar demais acontece o tempo todo mas, ser comum, não quer dizer ser o ideal.

Mas políticos não precisam falar muito?

Políticos precisam falar com propriedade, devem provocar no público o sentimento de confiança, transmitir segurança na veracidade do que está sendo dito.

Entretanto, não é no excesso que se concretiza esta confiança.

Quem fala demais corre o risco de exagerar nas afirmações, revelando informações desnecessárias ou se complicando no floreio da história.

Quem fala demais torna-se mais vulnerável.

Fundamental manter o controle sobre o assunto que está expondo, por isto, ter um conhecimento robusto sobre o tema evita divagar sem rumo e perder-se nas próprias colocações.

Quando conectado ao tema, mostra-se mais objetividade no discurso.

Ouvir somente o som da própria voz é um risco.

Ouvir permite discutir com mais assertividade, uma vez que o que o outro disse foi compreendido.

Além disso, oferece informações e estas, frequentemente, são muito valiosas para a construção de uma argumentação eficiente.

Abrir-se ao diálogo e prestar atenção ao que o outro está dizendo fortalece a conexão, transmite cuidado e comunica disponibilidade para ser útil (para modificar uma situação, se este for o caso).

O político precisa sim falar e ter desenvoltura, mas deve fazer isto com eficiência, sem exceder-se.

Em alguns momentos, o silêncio é a melhor postura. Como diz o ditado: “o silêncio é de ouro”.

Ouvir mais e falar menos, na política, assim como na vida, é sinal de sensatez.

 

Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em etiqueta e pós graduanda em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.

 

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