COLUNA ALI SAVI | O QUE O CARNAVAL PODE NOS DIZER SOBRE IMAGEM PESSOAL?
Uma vez ao ano o carnaval toma conta das cidades brasileiras. Brilho, serpentina, confetes e fantasias são o destaque nestes dias de festa popular. São 5 dias (na maior parte das cidades) em que estar de fantasia faz parte do roteiro; ela permite que assumamos um novo papel momentaneamente, uma brincadeira tão aguardada.
Agora imaginem ar a vida fantasiado, daria um baita trabalho, não é mesmo? Fora o desgaste de precisar dar vida à uma identidade que não é a nossa todos os dias.
Há quem ande todos os dias “fantasiado” semnem ao menos saber ou dar-se conta disto. Neste sentido, a fantasia é usar aquilo que não reflete nossa personalidade, aquilo que dizem ficar bom e assumimos (erroneamente) que fica ou, ainda,aquilo que achamos que alguém como nós deve vestir (sem racionalizar se isso reflete o que desejamos que seja percebido).
Por esse motivo, recai sobre nós a necessidade de sermos fiéis à nossa identidade. É preciso encontrar o caminho da autenticidade na hora de comunicar quem somos ao mundo.
Nos vestimos para mostrar como queremos ser vistos. E isto precisa estar bem claro para que nossas escolhas valorizem o que pretendemos demonstrar.
Nosso código visual é o responsável por nos conectarmos (ou não) às outras pessoas, dando um primeiro recado a elas sobre nós. Mais do que uma simples roupa é o simbolismo que a envolve.
Quando permitimos que a nossa identidade fique clara através das roupas e do nosso universo visual, também permitimos que as pessoas nos percebam com mais profundidade pois nós estabelecemos um grau de intimidade.
Não basta uma aparência impactante, é fundamental que, após o impacto inicial, permaneça a real conexão. Mais do que impressionar à primeira vista, construir intimidade exige expor-se genuinamente.
Roupas materializam características pessoais, culturais, étnicas e, também, posições políticas. Não adianta fantasiar-se, porque o carnaval sempre acaba e a realidade segue seu fluxo. O que devemos explorar com mais desenvoltura é a capacidade de traduzirmos nossas habilidades e referências através da nossa imagem. Transforme o código visual em um atestado de autenticidade.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem pública, consultora de etiqueta e personal welcome, personal stylist, pós-graduada em marketing político e comunicação eleitoral, e nesta coluna fala sobre Imagem e Comunicação Política.