COLUNA ALI SAVI | A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA?
“Você nunca terá uma segunda chance de causar uma primeira boa impressão.” – Tom Peters.
Nossa capacidade de formar uma primeira impressão baseada na imagem é indiscutível. Olhamos alguém, fazemos uma fotografia mental, sentimos ou não identificação, isto demora apenas alguns poucos segundos, segundo estudos em torno de 7 segundos. Emoções e sensações são disparadas e nos atingem instantaneamente.
Pronto, a imagem irá atingir o outro e este já terá uma opinião inicial.
Desconstruir uma primeira impressão ruim édificílimo, além de desgastante. Será necessário dar uma nova chance, ou recebê-la, para que a opiniãoinicial se transforme em possibilidade de uma nova sensação e, com isto, apague o impacto negativo.
Para não correr o risco de ter que correr atrás do prejuízo, é fundamental cravar, já no primeiro momento, um sentimento positivo no imaginário do público.
Se, no primeiro instante, já simpatizamos, ou sentimos confiança, é provável que este sentimento se mantenha.
Em uma carreira política, o impacto de uma primeira impressão é avassalador. Mais do que isto, pode tornar-se determinante; então, transformá-lo em sucesso pode dar início a uma onda positiva para o candidato.
É preciso estarmos atentos a todos os canais que temos nossa imagem pessoal divulgada, é através deles que acontece a comunicação.
Sabendo que a primeira impressão é marcante, é hora de pensar na imagem pessoal como uma aliada por toda a jornada política, não só em época de campanha, mas ao longo de toda a carreira.
Esperar para o ano da eleição pode ser tarde demais.
Perceber o poder do código visual, bem como de seu potencial de comunicação, e usá-lo com estratégia é uma grande vantagem sobre os adversários.
É fundamental que a imagem transmita credibilidade e, para isto, ela deve estar em coerência com a personalidade do candidato, sua identidade e linguagem do público a que se direciona.
Uma imagem não se sustenta quando está em conflito com o comportamento ou quando se dispõe a construir um personagem fictício.
A falta de identidade é visível.
O candidato, para atingir seu público, precisa tornar marcantes as impressões a seu respeito, afinal, todos os dias de uma carreira política são feitos de primeiras impressões e isto é um privilégio, mas também um desafio.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem política, consultora de etiqueta, personal stylist, pós-graduada em marketing político e comunicação eleitoral, e nesta coluna fala sobre Imagem e Comunicação Política.