Vídeos repercutem e são reproduzidos continuamente, conferindo ao código visual um papel de destaque, podendo focalizar características, evidenciar intenções, ou atrapalhar o conteúdo que está sendo comunicado. A roupa pode, definitivamente, roubar a atenção quando mal escolhida.
Ao elaborar um vídeo de comunicação política é essencial pensar no código visual como parte do ator principal, pois é ele o responsável por manter o foco no que está sendo dito ou confundir a mensagem com itens que desviam a atenção.
Não é pura e simplesmente gravar, é preciso ter em mente o script, ou dominar o assunto com confiança, para evitar constrangimentos, bem como, ter o código visual como prioridade e ponto de apoio e confirmação.
Todo e qualquer elemento visual importa, pois são os responsáveis por, mediante símbolos, validarem discursos, posturas, atitudes e posicionamentos.
Ao gravar vídeos, pronunciamentos, conceder entrevistas, o código visual tem a atribuição de garantir que as palavras sejam confirmadas por meio da imagem.
É imprescindível pensar na linguagem não verbal com o mesmo rigor do discurso, sob pena de contradizer-se ou tornar-se alvo dos famosos memes.
Detalhes importam, eles influenciam na recepção da mensagem.
É vital trazer a atenção a eles.
O código visual, quando marcante, irá influenciar o relacionamento e as reações, é o discurso não verbal que irá falar mais alto.
A roupa pode sim influenciar a comunicação e o entendimento sobre o que é dito. Quando adequada ao contexto ela tem o poder de transmitir confiança, segurança, seriedade, profissionalismo, ou descontração, casualidade, conforme tenha sido o objetivo definido. Enfim, roupas são elementos visuais que podem traduzir e reforçar nossa comunicação verbal.
Ao fazer escolhas adequadas ao contexto, o código visual poderá potencializar o alcance, bem como, garantir que a mensagem seja absorvida por mais um canal, o não-verbal. Roupa influencia, lembre-se: detalhes fazem a diferença.
Aline Savi é consultora de imagem política, especialista em imagem pública, personal stylist, consultora de etiqueta, pós-graduada em marketing e comunicação política e, nesta coluna, escreve sobre imagem e comunicação política.