Cinema 2w1c24 Portal Litoral Sul Notícias de Criciúma e Região Fri, 23 May 2025 14:49:14 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 /wp-content/s/2022/03/favicon-48x48.png Cinema 2w1c24 Portal Litoral Sul 32 32 ‘Missão 2v524 Impossível – O Acerto Final’ é uma aula de ação /missao-impossivel-o-acerto-final-e-uma-aula-de-acao/ <![CDATA[Eduardo Fogaça]]> Fri, 23 May 2025 14:49:14 +0000 <![CDATA[Cinema]]> <![CDATA[Gabriel Rodrigues]]> <![CDATA[#Cinema]]> <![CDATA[destaque-primeira-pagina]]> /?p=453731 <![CDATA[
Sem sombra de dúvidas, Tom Cruise é o mestre dos filmes de ação em Hollywood nas últimas três décadas. O ator retorna como Ethan Hunt em Missão Impossível – O Acerto Final, que acerta na ação, nostalgia e na definição de “ação ao limite”, em uma produção que encerra uma saga que só cresceu. Desde […]]]>
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Sem sombra de dúvidas, Tom Cruise é o mestre dos filmes de ação em Hollywood nas últimas três décadas. O ator retorna como Ethan Hunt em Missão Impossível – O Acerto Final, que acerta na ação, nostalgia e na definição de “ação ao limite”, em uma produção que encerra uma saga que só cresceu. 131x3c

Desde 1996, a franquia Missão: Impossível colocou-se à disposição do grande público para “aulas de ação”. Cruise é o rosto e o nome principal da saga ao longo de oito filmes, e não é por menos que ele interpreta um personagem tão marcante quanto um herói dos quadrinhos. O oitavo filme chegou a ser veiculado como o último da saga, e até pode ser, sendo uma despedida emocionante e à altura. Porém, é claro, pode não ser, pois há espaço para muito mais filmes que podem tirar o fôlego do espectador em uma leva de novos personagens.

Em Missão Impossível – O Acerto Final, Ethan e sua equipe precisam encontrar o submarino Sevastopol, afundado em algum lugar no oceano. Nele há uma arma específica capaz de derrotar a inteligência artificial que ficou conhecida como A Entidade. Ethan e seus comandados precisam encontrar a arma e derrotar Gabriel, antes que o vilão controle A Entidade e destrua o mundo para sempre.

O número de referências aos primeiros filmes é grande, bem como a ligação com Acerto de Contas, um dos mais memoráveis filmes da saga e o sétimo entre os oito. Essas conexões, além de ser uma homenagem que funciona como uma despedida, ainda colocam histórias para contar. O oitavo filme respeita toda a construção da franquia de ação, que coloca em consideração a seguinte frase: o sacrifício vale para salvar o mundo da própria humanidade egoísta e desesperada? A resposta seria a própria trama do último filme e de forma bem direta, algo que o personagem de Cruise costuma ser: direto, não muito prático e inteligente.

Christopher McQuarrie dirige o filme pela quarta vez. Desde Nação Secreta ele vem fazendo trabalhos coerentes ao lado de Cruise, Simon Pegg, Ving Rhames e demais atores conhecidos. A continuidade de um só diretor torna tudo mais fácil de ser trabalhado. Portanto, O Acerto Final, uma sequência direta de O Acerto de Contas, não precisa fazer toda uma volta explicativa e detalhada sobre quem é o vilão ou quem está na equipe IMF. No entanto, o roteiro detalha situações no primeiro ato que são necessárias, tornando a dramatização como um ponto focal para a primeira hora do filme. Contudo, torna-se interessante um certo estilo dramático em um filme de ação e escapismo, assim fornecendo mais material para a produção poder trabalhar e caminhos a serem seguidos pelo protagonista e coadjuvantes.

Comparado ao filme anterior, este aqui engloba muitas subtramas – mas encerra todas elas – nem sempre tão necessárias assim. A participação surpresa de um personagem já conhecido da saga é uma história de apoio que serve como chave para encerrar um capítulo. A quantidade de informações em tela pode ser prejudicial para alguém que não está acostumado com a saga ou viu outros longas, mas não coloca em risco uma experiência ruim. O principal problema de O Acerto Final é justamente inflar várias histórias que precisam se interligar com a trama primária, seguindo uma narrativa que vai ficando densa e detalhada demais, mas que consegue enxugar algumas pontas soltas em sequência de alto nível.

O lógico aqui é bem trabalhado. A ameaça de guerra nuclear chega a assustar a humanidade – ou melhor, apenas os Estados Unidos. Entre políticos e militares, a pouca presença de outras nações como ponto de apoio ou interferindo na missão de Ethan é um dos erros do longa-metragem. Esse erro de continuidade é gritante quando a Rússia chega a colocar soldados para combater a equipe IMF liderada por Benji (Simon Pegg). Ao que deveria ser uma margem para dar profundidade no assunto, foi algo para viabilizar uma facilidade no roteiro, que é bom, mas poderia ar por uma outra revisão. Os processos de reescritas e as greves dos roteiristas acabou atrapalhando, de certa forma, a produção do longa-metragem.

Apesar de alguns atrasos, algo não ficou de fora: a ação imediata. A corrida clássica de Ethan com câmera aberta, as cenas angustiantes com foco na preparação do personagem, que foi treinado para as missões, e a trilha sonora elevada e explosiva. Essas são peças-chave no filme, que desafia o limite de Ethan e sua equipe, e ainda mais, desafia toda uma produção envolta para entregar o melhor. A ação é o que mais importa para Missão: Impossível em toda a franquia, que com o ar dos anos, teve um crescimento em narrativa e sequências de tirar o fôlego.

O elenco está em seu melhor momento na saga, possivelmente é a atuação mais incisiva de Cruise. Hayley Atwell também é uma atriz que entendeu sua personagem, Grace, e consegue ter momentos marcantes com ela. Pegg e Rhames possuem seus momentos, assim como Pom Klementieff, que ganha mais espaço. O problema está novamente no vilão, um tanto caricato, mas que em questão de performance com Esai Morales, tem um texto melhor que no anterior.

Pode ser que não seja o melhor Missão: Impossível, mas O Acerto Final deixa marcado e cravado na franquia a humanidade de Ethan, seus problemas internos e sua vida pela missão. Através de acrobacias, cenas angustiantes e o trabalho com o nervosismo e ansiedade por mais, o oitavo longa-metragem tem seu brilho em saber fornecer o que o público quer ver.

Nota: 9

Se você quiser me seguir e quem sabe discutir alguns filmes e séries, me siga na conta pessoal @gabrielrs211. Na profissional, trago todos os detalhes do cinema e da TV: @roomcritical. Estou no Instagram, “bora lá”!

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‘Screamboat – Terror a Bordo’ é filme slasher para rir de tão ruim que é 3y3y5z /screamboat-terror-a-bordo-e-filme-slasher-para-rir-de-tao-ruim-que-e/ <![CDATA[Eduardo Fogaça]]> Fri, 16 May 2025 15:20:17 +0000 <![CDATA[Cinema]]> <![CDATA[Gabriel Rodrigues]]> <![CDATA[#Cinema]]> <![CDATA[destaque-primeira-pagina]]> /?p=453228 <![CDATA[
Poucos anos após cair em domínio público, o Mickey e diversos outros personagens se tornaram uma salada de frutas de produções no cinema slasher/trash. Screamboat – Terror a Bordo é mais uma dessas produções de orçamento baixo, que promete sangue e mortes em um projeto, de certa forma, não-autoral diretamente, mas feito por uma mente […]]]>
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Poucos anos após cair em domínio público, o Mickey e diversos outros personagens se tornaram uma salada de frutas de produções no cinema slasher/trash. Screamboat – Terror a Bordo é mais uma dessas produções de orçamento baixo, que promete sangue e mortes em um projeto, de certa forma, não-autoral diretamente, mas feito por uma mente aberta para o terror.

Buscando aquela primeira versão do Mickey do filme animado O Vapor Willie, de 1928, o longa-metragem de terror é mais uma tentativa de garantir a curiosidade do público. E, com certeza, conseguiram prender a curiosidade de quem gosta de cinema, afinal, não é todo dia que se vê o Mickey como um assassino com consciência.

Na trama, um eio de barco noturno em Nova York torna-se uma luta pela sobrevivência, quando um rato, que parecia ser inofensivo, é literalmente um assassino sedento por sangue e buscando por alguém que lhe fez muito bem no ado.

Taxado, além de terror, como uma comédia – de fato, é, também -, o longa-metragem traz o puro suco do trash slasher e dos filmes B. O baixo orçamento, a qualidade que não é de um nível blockbuster ou de grande estúdio, e a pouca preocupação em apresentar um super projeto, são a marca de Screamboat. Mesmo com a produtora de Terrifier e a equipe envolvida, há bem menos cuidado aqui do que com a franquia de Art, o Palhaço. Nem David Howard Thornton, que está no filme, pode salvá-lo da ruindade.

Com a direção de Steven LaMorte, Screamboat não se destaca, de forma alguma, por quase nada, exceto o background montado para dar profundidade à trama. São personagens colocados em uma história rápida, incluídos para apenas dar um andamento à história, sem mais do que isso ou a vontade de explorar algo maior. Um exemplo claro é a protagonista Selena (Allison Pittel), uma jovem que está perdida no mundo, não sabe o que quer e conhece alguém que se interessou após fugir de um grupo de jovens influenciadoras vestidas de princesas. Se Pittel, que deveria ser a melhor do elenco, querendo ou não, já não entrega uma boa performance, não é preciso imaginar muito do restante dos atores. É um trabalho precário e péssimo.

Foto: Imagem Filmes

O filme tenta se segurar no gore, mas nem isso é tão chamativo como é com Terrifier. Pelo menos, o público ansioso e curioso poderia esperar por isso, mas nem as mortes violentas chamam a atenção. As variadas sequências que deveriam assustar, tornam-se cômicas e, por muitas vezes, irritantes. Não pelo fato de que o filme é ruim, mas pela tomada de decisões das personagens. Aparentemente, se um personagem A tranca a porta e foge do assassino que tem uma lança ou algo semelhante, ele não espera na porta e sai correndo para outro cômodo ou local. Em Screamboat esse personagem espera ser morto.

Apesar de tudo ser ruim, nem tudo é grotesco demais, como o visual do Mickey, que procura estabelecer uma conexão com os anos 1920 e o assovio característico deste ícone da Disney. Este é o único ponto possível para um elogio, pois, nem os efeitos técnicos são bons. O filtro escuro é um incômodo ainda maior, destacando o quão frágil a equipe que o fez é. Para efeito de comparação, Terrifier 2 teve um orçamento bem menor que Screamboat, cerca de US$ 250 mil. O filme do Mickey assassino ou dos US$ 2 milhões. Por sua vez, Halloween (2018) foi US$ 10 milhões. O gore em Terrifier é muito bem utilizado, os efeitos práticos e o filtro mais escuro em Halloween, também. Em Screamboat, o que faltou, mesmo, foi saber dosar qualidade e quantidade.

Se os dois primeiros atos são péssimos, o terceiro é ainda pior. Entediante é a palavra que define corretamente a reta final de uma produção de baixo orçamento. Apesar do cenário no barco e a ideia interessante de deixar pessoas desconhecidas presas e forçando uma luta, esses tópicos não são bem trabalhados e pouco difundidos até dentro da história do longa. Afinal, o grande ponto seria este: o pavor de ficar preso com um rato assassino.

Nota: 2

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‘Mickey 17’ é filme humanizado sobre descartabilidade e fanatismo político 3wx45 /mickey-17-e-filme-humanizado-sobre-descartabilidade-e-fanatismo-politico/ <![CDATA[Gabriel Rodrigues]]> Wed, 30 Apr 2025 14:15:05 +0000 <![CDATA[Cinema]]> <![CDATA[Gabriel Rodrigues]]> <![CDATA[#Cinema]]> <![CDATA[colunista]]> <![CDATA[destaque-primeira-pagina]]> /?p=451576 <![CDATA[
Em tempo em que o mundo vive um fanatismo político, independente do lado ideológico que seja, com falsas promessas, acusações e tentativas, a arte tenta imitar a vida, especialmente com Bong Jon-Ho em ‘Mickey 17’. O longa-metragem utiliza de temas como o fanatismo e a descartabilidade do povo para construir uma narrativa envolvente e utópica. […]]]>
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Em tempo em que o mundo vive um fanatismo político, independente do lado ideológico que seja, com falsas promessas, acusações e tentativas, a arte tenta imitar a vida, especialmente com Bong Jon-Ho em ‘Mickey 17’. O longa-metragem utiliza de temas como o fanatismo e a descartabilidade do povo para construir uma narrativa envolvente e utópica.

Por incrível que pareça, o filme foi escanteado pela Warner Bros, mudando de data algumas vezes, e sempre caindo em meses descartáveis para uma produção que visa o Oscar e um bom desempenho de bilheteria. Ou seja, a partir do momento de fala do longa, o estúdio que o distribui internacionalmente acabou caindo no conto da descartabilidade, fazendo isso com o próprio projeto.

Mesmo assim, com percalços, não tira o mérito de uma história coerente e atual. Robert Pattinson interpreta o personagem Mickey, um homem que se envolveu com dívidas junto de seu amigo, e para fugir de ser morto, ele acaba entrando em uma ação para um outro mundo, longe da Terra. Ele acaba escolhendo ser descartável, no qual seria reimprimido várias vezes para testes, mortes sufocantes, rápidas e de inutilização. No caso, ele seria útil e se sentiria assim, mas inútil aos olhos de cientistas e líderes.

Um roteiro bem escrito, trazendo a dura realidade do mundo que acaba ficando cego por líderes políticos que prometem e prometem, mas no final, não cumprem, ‘Mickey 17’ explora lados utópicos de um sistema de sociedade bem respeitado. Ou, melhor, de um líder político fanfarrão bem cultuado, respeitado, e que usa suas “ovelhas” como degrau para conquistas pessoais. É um papel diferente na carreira de Mark Ruffalo, e ainda, muito irritante.

O texto do filme é inteligente ao trabalhar dois polos: a política externa usada em prol de avanço científico e dominância humana, e a “reciclagem” de pessoas que não valem nada e estão à deriva da sociedade. Mickey consegue ser um personagem tão interessante quanto a proposta do longa, que aborda muito bem como é ser esquecido e só lembrado na hora mais precisa.

Dado o bom roteiro, o elenco é ainda melhor. Pattinson tem um de seus melhores papéis na carreira, assim como Ruffalo ao interpretar um político burro e idiota. Eles são acompanhas pelas boas atuações de Naomi Ackie e Toni Collette.

O grande problema de ‘Mickey 17’ se dá em seu terceiro ato, que acaba por apressar a conclusão. Não que não seja uma conclusão boa, mas um tanto acelerada. É perceptível que o filme foi mais comercial do que artístico e, talvez, tivesse mais tempo de execução para lapidar sequências que acabam destoando nas mudanças de um ato para o outro. Embora tenha um problema, há um trabalho excelente de montagem, efeitos especiais e performance de elenco.

Por fim, ‘Mickey 17’ consegue explorar certos lados políticos norte-americanos, mas que serve como uma crítica construtiva para o fanatismo político ao redor do mundo. Caberia mais e mais críticas ao conservadorismo que tenta ser progressista, mas o diretor leva com sutileza tecer comentários mais fervorosos contra a política americana.

Nota: 8

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‘Desconhecidos’ é um thriller eletrizante que confunde em capítulos distorcidos 3fm5i /desconhecidos-e-um-thriller-eletrizante-que-confunde-em-capitulos-distorcidos/ <![CDATA[Eduardo Fogaça]]> Fri, 11 Apr 2025 20:47:15 +0000 <![CDATA[Cinema]]> <![CDATA[Colunista]]> <![CDATA[#Cinema]]> <![CDATA[colunista]]> <![CDATA[destaque-primeira-pagina]]> <![CDATA[Gabriel Rodrigues]]> /?p=450050 <![CDATA[
O filme ‘Desconhecidos’, lançado mundialmente em 2023, porém que já está em solo brasileiro distribuído pela Paris Filmes, é um thriller eletrizante que confunde o espectador de forma inteligente, porém que se perde em seus próprios capítulos. O longa parte da premissa de dois jovens, que se “conhecem” por acaso em algum momento não explicado […]]]>
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O filme ‘Desconhecidos’, lançado mundialmente em 2023, porém que já está em solo brasileiro distribuído pela Paris Filmes, é um thriller eletrizante que confunde o espectador de forma inteligente, porém que se perde em seus próprios capítulos.

O longa parte da premissa de dois jovens, que se “conhecem” por acaso em algum momento não explicado na história da forma correta, que se envolvem sexualmente. Porém, o problema é que um deles é um serial killer lunático, que faz de tudo para ter sangue, indo do narcisismo ao egocentrismo de forma estúpida.

Todos podem acompanhar uma jovem egocêntrica e narcisista, que pensa em si em momentos de raiva e explosão. É aquela mente confusa dentro de um “relacionamento” firmado ou não firmado. Essa personagem chamada de “moça elétrica” (é esquecível demais) se envolve com um homem, que logo no começo da história é um caçador viciado em cocaína. A partir dos primeiros minutos, a narrativa se embola em capítulos, indo do quase final para o começo, tentando amarrar tudo para que e um ar de inteligente.

Foto: Paris Filmes

É bem aí que está o erro de JT Mollner, diretor da obra. Ele apresenta o filme como um thriller eletrizante, um suspense revigorante e que assusta. Porém, nada disso acontece. Tem, sim, momentos de suspense, mas que são validados pelo espectador em uma ou outra sequência. Não tira o fôlego, e muito menos, o sangue em tela surpreende. É claro que há reviravoltas, e de fato, surpreende, querendo ou não, mas tudo é risível e previsível quando se presta atenção verdadeiramente aos detalhes.

Willa Fitzgerald interpreta a protagonista, que surfa pelo narcisismo e bipolaridade de forma sensacional. Isso porque o filme explica. Traz à tona o que uma pessoa narcisista, que diz que tudo gira em torno dela, pode fazer com qualquer outra em seu caminho. Pode machucar e fazer doer, e até mesmo cometer uma loucura sem querer de fato fazê-lo, mas seu subconsciente pede para que faça. Do outro lado, a razão contra a emoção, que está com o personagem do ator Kyle Gallner. Um sedutor, possessivo, mas com a intuição baixa, deixando muitas vezes sua emoção vencer.

Ir do penúltimo ao segundo capítulo, e cada sequência se conectando para a história no final, é até interessante. Poucos filmes do gênero fazem isso, ou quase nenhum ultimamente. Mas, à medida em que o roteiro se prende a fazer surpresas e reviravoltas já esperadas, faz com que a narrativa que estava sendo construída seja desconstruída aos poucos.

Nota: 5

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Quais as chances de Ainda Estou Aqui no Oscar 2025? 673p6v /quais-as-chances-de-ainda-estou-aqui-no-oscar-2025/ <![CDATA[Eduardo Fogaça]]> Fri, 28 Feb 2025 20:06:13 +0000 <![CDATA[Cinema]]> <![CDATA[Política]]> <![CDATA[#Cinema]]> <![CDATA[destaque-primeira-pagina]]> <![CDATA[Gabriel Rodrigues]]> /?p=447139 <![CDATA[
O filme Ainda Estou Aqui foi indicado em três categorias do Oscar neste ano: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz. O longa-metragem é considerado o melhor lançamento nacional de 2024 e dos últimos anos. Desde Central do Brasil, o país não figura com muita torcida a premiação máxima do cinema. Na época, em […]]]>
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O filme Ainda Estou Aqui foi indicado em três categorias do Oscar neste ano: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz. O longa-metragem é considerado o melhor lançamento nacional de 2024 e dos últimos anos.

Desde Central do Brasil, o país não figura com muita torcida a premiação máxima do cinema. Na época, em 1999, Fernanda Montenegro foi indicada para Melhor Atriz e perdeu. Central do Brasil foi para Melhor Filme Internacional e perdeu. Mas, mesmo assim, Walter Salles fez história pela primeira vez ao trabalhar com a mãe. Agora, ele faz história ao trabalhar com a filha.

Diversos sites norte-americanos, revistas e jornais, como a NY Times, colocam Ainda Estou Aqui como vencedor de Melhor Filme Internacional na noite deste domingo (2). A obra nacional deve desbancar Emilia Pérez, da França, que nos últimos meses tem enfrentado críticas por parte dos fãs mais fervorosos.

O Deadline coloca Moore como vencedora, assim como a Variety. Mas o NY Times crava Fernanda Torres como vencedora. Outros sites importantes e críticos de cinema colocam uma disputa acirrada entre Moore e Madison. As chances de Torres são para uma “grande surpresa”.

Mas, quais as chances do Brasil no Oscar neste ano?

Não será nada fácil para Ainda Estou Aqui conseguir uma estatueta. A começar pela categoria da noite que o Brasil espera: Melhor Atriz. A imprensa americana coloca Fernanda Torres como segunda ou terceira via. As atrizes Demi Moore (A Substância) e Mikey Madison (Anora) estão sendo mais cotadas para a vitória.

Moore têm boas chances, pois venceu o Critics Choice Awards, SAG Awards e o Globo de Ouro. Fernanda também venceu no Globo de Ouro, um termômetro para o Oscar. Já Madison desbancou no BAFTA e Spirit Awards a atriz Demi Moore, enquanto Fernanda nem indicada estava nestas últimas premiações. A categoria fica em aberto para Moore ou Madison. Já Cynthia Erivo (Wicked) e Karla Sofia Gascón (Emilia Pérez) não terão chance alguma.

O Deadline coloca Moore como vencedora, assim como a Variety. Mas o NY Times crava Fernanda Torres como vencedora. Outros sites importantes e críticos de cinema colocam uma disputa acirrada entre Moore e Madison. As chances de Torres são para uma “grande surpresa”.

Mas e Melhor Filme?

Em Melhor Filme, a categoria principal, quem deverá definir isso é justamente a anterior, categoria de Melhor Direção. Sean Baker (Anora) será o vencedor, possivelmente, como apontam as predições e o site Critical Room, de Tubarão (SC), também afirma.

Ainda Estou Aqui disputa com outros nove, que são: Duna – Parte Dois, Conclave, Wicked, Emilia Pérez, O Brutalista, A Substância, Anora, Nickel Boys e Um Completo Desconhecido. Se Baker ganha para Melhor Direção, deve ver sua obra varrer a categoria de Melhor Filme.

Mas, as coisas nem sempre são favoráveis para Anora. O Deadline aponta que Conclave vence em Melhor Filme, enquanto a Variety aposta em Anora, assim como o Los Angeles Times. No entanto, poucos sites colocam O Brutalista como um possível “rompedor” desse favoritismo de Anora ou Conclave. Bom lembrar que Anora venceu o DGA e PGA Awards, enquanto Conclave levou o BAFTA. Já O Brutalista venceu de Melhor Filme Drama no Globo de Ouro.

Bom, o jogo fica bem aberto, e Anora, Conclave ou O Brutalista podem vencer na categoria, com Ainda Estou Aqui sendo uma quarta ou quinta opção.

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‘Conclave’ é o filme mais político do Oscar 2025 e brinca com o lado conservador da Igreja Católica 4e3y7 /conclave-e-o-filme-mais-politico-do-oscar-2025-e-brinca-com-o-lado-conservador-da-igreja-catolica/ <![CDATA[Eduardo Fogaça]]> Fri, 14 Feb 2025 21:30:35 +0000 <![CDATA[Cinema]]> <![CDATA[Colunista]]> <![CDATA[#Cinema]]> <![CDATA[destaque-primeira-pagina]]> <![CDATA[Gabriel Rodrigues]]> /?p=446024 <![CDATA[
Colocado como um dos filmes mais politizados da temporada de premiações, ‘Conclave’ consegue unir um lado mais secreto da Igreja Católica: a eleição de um papa. Embora tenha sido explicada já por jornais e livros, a eleição do papa continua sendo algo um tanto “incomum”, já que o povo teme aquilo que não conhece. Conclave […]]]>
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Colocado como um dos filmes mais politizados da temporada de premiações, ‘Conclave’ consegue unir um lado mais secreto da Igreja Católica: a eleição de um papa. Embora tenha sido explicada já por jornais e livros, a eleição do papa continua sendo algo um tanto “incomum”, já que o povo teme aquilo que não conhece. Conclave tenta romper com os mistérios e dúvidas, respondendo as principais perguntas, tanto de um religioso quanto um curioso.

Uma carreira conhecida por apenas um filme que realmente fez sucesso, Edward Berger, diretor do excelente ‘Nada de Novo no Front’ e vencedor do Oscar em 2023 em quatro categorias, incluindo de Melhor Filme Internacional, o cineasta tem uma caixa de pandora em mãos. Lidar com as questões religiosas, muitas vezes, é tão perigoso quanto fazer um filme histórico sobre alguma guerra. Isso pelo fato de que na guerra, mesmo que a produção tenha desvios históricos e a “chatérrima” liberdade poética, ainda tem uma ala menos complicada de lidar. Agora, com ‘Conclave’, a questão é ter de lidar com a ala religiosa mais conservadora e fiéis que não gostam de nada.

Em ‘Conclave’, com a morte do papa, o cardeal Lawrence (Ralph Fiennes) reúne um grupo de outros cardeais para eleger um sucessor. À medida que o tempo a, as tensões estão no ar, com alas dentro da Igreja se dividindo em meio aos segredos de sacerdotes, que acabam querendo mais do que humildade e servir Deus: ter o luxo do poder de um papa.

O público tem um filme completo em si, cheio de mistérios a serem desvendados por um dos cardeais “mocinhos”, que precisa reparar historicamente certas alas da Igreja Católica. Do desejo de continuar com a progressão, mas ao mesmo tempo querendo saber de certos segredos, o cardeal Lawrence é um religioso pronto para “sujar” as mãos e julgar a si mesmo pelo trabalho realizado. Por ser o protagonista, é o melhor personagem trabalhado, deslocando outros atores para escanteio.

Berger trabalha bem no projeto. Ele se inspira em um livro, e toma de muitas liberdades e revisões para construir sua obra com seu toque final, no qual é bem especificado em ‘Nada de Novo no Front’ justamente nos últimos 15 minutos da obra. É semelhante. É a mesma sensação de encerramento, que um tanto amargo, surpreende pelo fator do inexplicável e do quase inaceitável em alas conservadoras ou historiadores mais céticos.

Bom no roteiro, excelente na questão de direção de elenco. O filme coloca atores conhecidos, como Fiennes, que, possivelmente, tem o melhor papel de sua carreira. Além dele, Stanley Tucci é posto à prova em um papel mais progressista, embora tenha sido menos “brilhante” do que o conservador cardeal interpretado por John Lithgow. Lithgow vem de um papel excelente em ‘The Crown’ nas primeiras temporadas, já que encarnou o polêmico salvador Winston Churchill, primeiro-ministro inglês. Talvez, aqui, em ‘Conclave’, ele esteja em um dos melhores papéis na carreira, mas abaixo ainda do que desempenhou no seriado da Netflix sobre a rainha. Bom, também, fazer um destaque para Isabella Rossellini, indicada para Melhor Atriz Coadjuvante. Ela trabalha bem com as nuances da quietude de uma freira e do sentimento de querer falar muito mais para ajudar certos grupos de sacerdotes.

Embalado por uma trilha sonora tensa, ‘Conclave’ tem Volker Bertelmann como compositor. Facilmente, tem uma das faixas sonoras mais interessantes da temporada, representando bem o fim de um papado e o início de outro. São batidas criadas por um instrumento conhecido como Cristal Baschet, que colocam o sobrenatural (não no sentido terror, mas algo desconhecido) como destaque. A parte técnica é excelente, desde o design de produção, como a criação da Capela Sistina e partes do Vaticano, como o próprio figurino. No entanto, a fotografia é a melhor questão técnica do longa-metragem, sem vibrar com uma tonalidade. A paleta de cores mistura com um tom acinzentado um vermelho-vinho e o vermelho-vivo. É, sem dúvidas, uma produção bem realizada.

Em suma, e sem dúvidas, ‘Conclave’ é um filme excelente, que demonstra uma área política dentro da própria Igreja Católica, e como isso pode ser o fator para eleger um papa. Embora a reta final desloque o público do pensamento do tradicionalismo real, coloca em consideração a progressão da inovação, da qual tanto a narrativa explicou em tela o que estava propondo.

Nota: 9

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Domingo tem teatro de bonecos gratuito na Praça Coberta em Nova Veneza 475u2m /domingo-tem-teatro-de-bonecos-gratuito-na-praca-coberta-em-nova-veneza/ <![CDATA[Eduardo Souza]]> Sat, 08 Feb 2025 17:57:45 +0000 <![CDATA[Cinema]]> <![CDATA[destaque-primeira-pagina]]> /?p=445545 <![CDATA[
Domingo, dia 8, tem atrações de teatro de bonecos em dose dupla na Praça Coberta, em Nova Veneza. A partir das 10h, o ator Vitor Ribeiro apresentará o espetáculo de teatro de lambe-lambe “Peixe Grande”, que ficará disponível até as 14h. Logo depois, será a vez “Pulcinella e o Monstro”, do Grupo Cyathus Teatro de […]]]>
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Domingo, dia 8, tem atrações de teatro de bonecos em dose dupla na Praça Coberta, em Nova Veneza. A partir das 10h, o ator Vitor Ribeiro apresentará o espetáculo de teatro de lambe-lambe “Peixe Grande”, que ficará disponível até as 14h. Logo depois, será a vez “Pulcinella e o Monstro”, do Grupo Cyathus Teatro de Animação, que reside na cidade neoveneziana.

As apresentações gratuitas são fruto de um intercâmbio que vem sendo realizado entre o Companhia Cyathus Teatro de Animação, de Nova Veneza, e o Coletivo Mamulengo Flor do Cafezal, de Guaxupé, Minas Gerais.

O ator Marcelo Ciepielewski, que reside em de Nova Veneza, lembra que já esteve em Minas em duas oportunidades para troca de conhecimento focado no teatro popular de bonecos. “A experiência também fomenta a cidade de Nova Veneza, de certa forma, por ser uma forma de facilitar futuros intercâmbios”, comentou Marcelo.

*Sobre os espetáculos*

A atração dura três minutos usando a técnica do tetro de lambe-lambe, é apresentada para uma pessoa por vez. “O espetáculo é uma experiência única para cada indivíduo”, explica Vitor.

Já “Pulcinella e o Monstro”, do Grupo Cyathus Teatro de Animação, usa a técnica do teatro de luvas popular italiano e tem no elenco Marcelo Ciepielewski e pela atriz musicista Victória de Souza João. A produção é da Enluaratus Comunicação e Cultura, com o apoio da Prefeitura Municipal de Nova Veneza.

As atrações têm classificação indicativa livre, e o público pode contribuir com doações voluntarias, por meio do tradicional “chapéu”, comum no teatro apresentado na rua.

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Indicações finais do Oscar são adiadas e votação se estende por mais dois dias 70702v /indicacoes-finais-do-oscar-sao-adiadas-e-votacao-se-estende-por-mais-dois-dias/ <![CDATA[Redação]]> Fri, 10 Jan 2025 16:00:56 +0000 <![CDATA[Cinema]]> <![CDATA[Colunista]]> <![CDATA[#Cinema]]> <![CDATA[Cinema Em Foco]]> <![CDATA[destaque-primeira-pagina]]> <![CDATA[Gabriel Rodrigues]]> /?p=442858 <![CDATA[
O conteúdo desta postagem é uma opinião pessoal e inteiramente de responsabilidade de seu autor, que por ser colunista, não necessariamente reflete a opinião de nosso veículo de imprensa.   Continuando a repercutir o Oscar aqui na coluna Cinema em Foco no Portal Litoral Sul, hoje trago novidades, que coincidem com os incêndios em Los […]]]>
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O conteúdo desta postagem é uma opinião pessoal e inteiramente de responsabilidade de seu autor, que por ser colunista, não necessariamente reflete a opinião de nosso veículo de imprensa. 4l422b

 

Continuando a repercutir o Oscar aqui na coluna Cinema em Foco no Portal Litoral Sul, hoje trago novidades, que coincidem com os incêndios em Los Angeles, Califórnia, nos Estados Unidos.

Devido aos incêndios em Los Angeles, na Califórnia, a Academia mudou os planos para as indicações finais do Oscar, que foram adiadas por dois dias.

Anteriormente, com data para o dia 17 de janeiro, as indicações finais serão reveladas somente no dia 19 do mesmo mês. Algumas sessões para os membros votantes foram canceladas, como a do filme ‘Ainda Estou Aqui’.

A votação para os quase 10.000 membros da Academia começou no dia 8 de janeiro e estava originalmente programada para encerrar no dia 12 de janeiro. O prazo final agora é 14 de janeiro.

“Queremos oferecer nossas mais profundas condolências àqueles que foram impactados pelos incêndios devastadores no sul da Califórnia. Muitos de nossos membros e colegas da indústria vivem e trabalham na área de Los Angeles, e estamos pensando em vocês”, disse o CEO Bill Kramer em e-mail aos membros.

O Oscar será transmitido no dia 2 de janeiro, sendo apresentado por Conan O’Brien.

Para este colunista, mesmo que o SAG Awards não tenha indicado Fernanda Torres e ‘Ainda Estou Aqui’, já que é uma premiação do Sindicato dos Atores norte-americanos, nos Critics Choice Awards há mais chances. Vamos continuar repercutindo a temporada de premiações aqui na coluna, especialmente para falar do Brasil e o audiovisual brasileiro.

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Vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro mostra que o Brasil está pronto para o Oscar 535j1o /vitoria-de-fernanda-torres-no-globo-de-ouro-mostra-que-o-brasil-esta-pronto-para-o-oscar/ <![CDATA[Redação]]> Tue, 07 Jan 2025 16:00:31 +0000 <![CDATA[Cinema]]> <![CDATA[#Cinema]]> <![CDATA[Gabriel Rodrigues]]> /?p=442472 <![CDATA[
O conteúdo desta postagem é uma opinião pessoal e inteiramente de responsabilidade de seu autor, que por ser colunista, não necessariamente reflete a opinião de nosso veículo de imprensa.   Uma sorridente Fernanda Torres recebeu um dos grandes prêmios que a indústria cinematográfica pode propor: o Globo de Ouro. É o Brasil, mais uma vez, garantindo visibilidade, […]]]>
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O conteúdo desta postagem é uma opinião pessoal e inteiramente de responsabilidade de seu autor, que por ser colunista, não necessariamente reflete a opinião de nosso veículo de imprensa. 4l422b

 

Uma sorridente Fernanda Torres recebeu um dos grandes prêmios que a indústria cinematográfica pode propor: o Globo de Ouro. É o Brasil, mais uma vez, garantindo visibilidade, em anos difíceis no cinema nacional e as polêmicas da premiação.

Mesmo com uma polêmica aqui, outra ali, o Globo de Ouro é ainda uma das premiações mais importantes do cinema e da TV. Apesar da imprensa brasileira destacar a grande vencedora Fernanda Torres, o brasileiro precisa saber que o Globo de Ouro traz os melhores filmes, séries, atrizes e atores e cinema e TV, entre outras categorias que são variadas.

No palco, Fernanda dedicou o prêmio à sua mãe, Fernanda Montenegro, que em 1999 foi indicada por Central do Brasil. Montenegro celebrou demais com a família em casa em um dos momentos mais emocionantes e de torcida do povo brasileiro.

“Eu não preparei nada porque já estava feliz”, disse Torres quando subiu ao palco. “E este é um ano tão incrível para performances femininas, tantas atrizes aqui que eu iro tanto… Quero dedicar à minha mãe. Ela esteve aqui há 25 anos. E isso é como uma prova de que a arte pode perdurar pela vida, mesmo em momentos difíceis como esta história incrível. Há algo que está acontecendo agora no mundo com tanto medo. E este é um filme que nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos difíceis como este.”

Brasil de volta ao cenário internacional

Desbancando atrizes de nome como Nicole Kidman, Angelina Jolie, Kate Winslet, Tilda Swinton e Pamela Anderson, a brasileiríssima Fernanda Torres mostra que o nosso país é rico em cultura audiovisual, também.

Mesmo que Ainda Estou Aqui não tenha ganhado na categoria de Melhor Filme em Língua Não-Inglesa, perdendo para a favoritíssima Emília Perez da França, os fãs podem se contentar em ver que o Brasil, depois de muitos e muitos anos, teve a força para retornar a uma premiação. Em 1999, Central do Brasil venceu na categoria, sendo essa a única vitória do país em toda a história de poucas indicações (outras três). No Oscar, a história é outra, mas não foge da “raia”.

“É muito estranho porque tenho a sensação de que em um universo paralelo eu não ganhei esse prêmio. Tenho uma vida normal, então tudo é muito estranho. Nunca pensei que ganharia porque há tantas performances excelentes em inglês. Então isso diz muito sobre a diferença no cinema hoje em dia. Quer dizer, ter alguém falando português, sendo indicado em uma categoria tão incrível e então ganhando, eu realmente, realmente tocada por isso e eu nunca esperava isso. Eu pensei que já estava tão feliz só com a indicação. É uma grande, grande honra”, comenta a atriz em entrevista nos bastidores do Globo de Ouro.

Essa vitória significa, além disso, uma “reparação história” de Montenegro não ter vencido como Melhor Atriz em Filme Drama em 1999. Na época, a “beleza australiana/americana” Cate Blanchett ficou com o prêmio pelo filme Elizabeth, que não é melhor que Central do Brasil. Por isso mesmo, o filme inglês e com língua inglesa e sa perdeu para o longa de Walter Salles, que repete a dose com duas indicações anos mais tarde.

Coincidentemente, o jogo aqui se inverteu. Enquanto em 1999 a atriz Cate Blanchett, em um filme de língua inglesa e sa venceu na categoria de Melhor Atriz em Filme Drama, Central do Brasil desbancou Elizabeth em Melhor Filme de Língua Não-Inglesa. Agora, em 2024, Fernanda Torres vence na categoria de atriz, mas Ainda Estou Aqui perde para um filme de língua sa.

A corrida pelo Oscar: Brasil tem chance?

Respondendo a pergunta logo de cara, sim, o Brasil tem chance. Fernanda Torres deve, sim, ser indicada como Melhor Atriz, e vai disputar muito bem com Angelina Jolie, Cinthia Erivo ou Ariana Grande, ambas de WickedKarla Sofía Gascón de Emilia PérezDemi Moore de A Substância e até Tilda Swinton, que com certeza será indicada por O Quarto ao Lado.

Por vencer no Globo de Ouro, Fernanda Torres conquista um olhar mais amigável dos membros que elegem os indicados e votam nos vencedores ao Oscar. É, sim, plenamente possível, a vitória de Torres no Oscar 2025, mesmo que expanda mais por colocar atrizes de filmes de diversas categorias.

Porém, a coisa muda sobre Melhor Filme Internacional. A grande chance agora de Ainda Estou Aqui é vencer no Critics Choice Awards, que esnobou Fernanda Torres, mas, ao menos, o filme concorre na principal categoria da noite do dia 12 de janeiro.

No Critics, o filme brasileiro vai enfrentar adversários como Um Completo Desconhecido, Anora, O Brutalista, Duna: Parte 2, Conclave, Nickel Boys, Emilia Pérez, Sing Sing, A Substância e Wicked.

O jogo fica mais difícil, pois na lista, Ainda Estou Aqui é apenas o terceiro favorito, ficando atrás de A Substância e Emilia Pérez. Conclave e O Brutalista ainda correm como mais duas entre tantas opções. Porém, é plenamente possível uma vitória de Ainda Estou Aqui no Critics.

E bom, se vencer no Critics, é plenamente o grande favorito para o Oscar 2025. A lista dos indicados finais sai no dia 17 de janeiro. Tenho a certeza de que Fernanda Torres estará no Oscar, e de certeza de que Ainda Estou Aqui leve o Brasil como mais um indicado. Agora, cabe saber se o Brasil vencerá na categoria de Melhor Atriz, Melhor Filme Internacional ou leva as duas estatuetas.

Quem sabe, mas é dificílima, uma indicação de Walter Salles como Melhor Diretor. Mas, se for, será a festa brasileira no Oscar 2025, e os americanos, com certeza, vão quebrar o queixo se a vitória for brasileira.

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‘Gran Torino’ é o melhor filme de Clint Eastwood. Você já viu? 4n3g5x /gran-torino-e-o-melhor-filme-de-clint-eastwood-voce-ja-viu/ <![CDATA[Redação]]> Mon, 06 Jan 2025 00:44:20 +0000 <![CDATA[Cinema]]> <![CDATA[colunista]]> <![CDATA[destaque-primeira-pagina]]> <![CDATA[Gabriel Rodrigues]]> /?p=442387 <![CDATA[
Com’ Jurado N. 2’ em alta, resolvi trazer à tona ‘Gran Torino’, o melhor filme dirigido e estrelado por Clint Eastwood. É claro que, na próxima semana, pretendo trazer uma crítica do longa-metragem jurídico de um dos maiores nomes de Hollywood. Clint Eastwood é um magnata do cinema de Hollywood. O ator de 91 anos, […]]]>
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Com’ Jurado N. 2’ em alta, resolvi trazer à tona ‘Gran Torino’, o melhor filme dirigido e estrelado por Clint Eastwood. É claro que, na próxima semana, pretendo trazer uma crítica do longa-metragem jurídico de um dos maiores nomes de Hollywood.

Clint Eastwood é um magnata do cinema de Hollywood. O ator de 91 anos, possui diversos papéis e créditos como diretor, e o filme ‘Gran Torino’ é um deles. O longa foi uma grande aposta do diretor, por meio da Warner Bros. Pictures, e que deu muito certo. Se Eastwood se tornou uma lenda, ‘Gran Torino’ é um de seus melhores filmes, se não o melhor- deste século. O diretor demonstra muita solidez, atuando e comandando uma produção espetacular.

‘Gran Torino’ possui uma história emocionante, pesada e divertida. O enredo acompanha Walt Kowalski, interpretado por Eastwood, um homem muito conservador, que ainda vive nos anos 1950. Ele é um montador de carros aposentado, que mantém seu espírito americano desde sempre, e o último do bairro tomado por asiáticos. Walt é um racista, bebedor de cerveja e um grande cuidador de sua casa, que odeia que pisem em seu gramado. Mesmo aposentado, ele faz favores como consertar uma pia ou um ventilador. Ele é um rabugento que odeia asiáticos, música atual de adolescente, drogas e se irrita facilmente com seus filhos idiotas, que o tratam como se fosse um velho gagá – o que não é o caso.

Foto: Warner Bros

 

Com o roteiro de Nick Schenck, a história decola e gosta de andar em dois lados: o conservador e o que está disposto a mudar. Walt é um xenofóbico muito por conta do que a Guerra da Coreia fez com ele, e ainda mais após se tornar viúvo. Sua personalidade é horrível, e quando o garoto Thao (Bee Vang) tenta roubar seu Gran Torino – seu carro que é uma relíquia -, o ódio do velho americano aumentou. Mas, o que mais é interessante no filme, é como, aos poucos, os asiáticos e vizinhos de Walt começam a tratá-lo, depois de salvar Thao de uma gangue Hmong. Certamente, houve um respeito de ambas as partes no começo, que foi aumentando ainda mais, quando Walt se tornou um amigo de Sue (Ahney Her), irmã de Thao.

A primeira meia hora do filme deixa bem claro que Walt é um ignorante. Devagar, há uma construção de uma relação entre o vizinho ranzinza com seus vizinhos asiáticos, e aos poucos, ele vai vendo que tem muito em comum com os “chinas” do que sua própria família. O longa não permite só seriedade e uma visão de ódio, mas suavizar em certas cenas, para aliviar o espectador, com diálogos engraçados. O filme não quer ficar preso só ao preconceito escancarado de um personagem, que se arrepende e vê que nem tudo é o que parece.

Em questão de atuação, Eastwood arrebenta, e lidera um elenco jovem e aparentemente sólido. É claro que, Vang e Her não eram estrelas como o ator na época, mas possuíram seu belo tempo de tela e brilho. Mas, na maior parte do tempo, Eastwood ofusca os jovens atores e todo o restante, mostrando sua postura firme e categórica.

Contudo, o filme de 2008 de Eastwood é funcional e um grito conservador de um personagem, que pode mudar. Sua ambientação calma no meio oeste, facilita a transição de cenas, que em sua maioria, ocorrem na vizinhança. A história pura, de um homem amargurado, denota que a xenofobia e o preconceito ainda terão lugar se não mudarmos nosso caráter.

Nota: 10

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