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COLUNA SAIONARA UGIONI | O que você quer ser quando crescer?

A pergunta que move sonhos

“O que você quer ser quando crescer?” Essa é uma das perguntas mais comuns que ouvimos na infância. E a resposta vem cheia de imaginação: bailarina, astronauta, bombeiro. Quando somos crianças, tudo parece possível, e não há limites para o que podemos sonhar.

Mas e quando já somos adultos? Será que ainda paramos para pensar sobre o que queremos para o nosso futuro? Ou simplesmente seguimos no piloto automático, vivendo um dia após o outro, sem refletir sobre o caminho que estamos trilhando?

Sonhos de infância x realidade

Quando eu era criança, diferente das minhas amigas que queriam ser professoras ou bailarinas, eu queria ser ministra da Fazenda. Sim, você leu certo! Na minha cabeça, só pessoas muito inteligentes podiam ser ministros (ah, a ingenuidade infantil!). Eu adorava ler sobre economia e acreditava que aquele era o caminho certo para mim. Pois é, eu era uma criança meio diferente… mas isso me deu uma base incrível para a vida adulta.

E olha que interessante: nunca ou pela minha cabeça trabalhar com tecnologia! Eu sempre fui muito crítica aos sistemas que usava, principalmente nas empresas em que trabalhei, mas desenvolver novos nunca esteve nos meus planos. Isso simplesmente foi acontecendo, fruto das escolhas que fiz ao longo da vida.

Escolhas que definem trajetórias

Falando em escolhas, gosto muito do livro “Ponto de Inflexão”, do José Augusto, que traz essa reflexão: pequenas decisões podem mudar completamente o rumo da nossa vida. Quando olhamos para trás, percebemos que não foi um único grande momento que nos trouxe até aqui, mas sim várias pequenas escolhas ao longo do caminho.

Isso me faz pensar: será que estamos sendo intencionais nas nossas escolhas? Ou estamos deixando a vida nos levar?

Ídolos que nos inspiram

Outro ponto interessante é que, quando crianças, temos ídolos que nos inspiram. Pode ser um jogador de futebol, uma cantora ou até um personagem de desenho animado. Mas, e depois que crescemos? Continuamos tendo referências que nos impulsionam? Penso que deveríamos! Talvez não naquele conceito de criança, de idolatrar alguém, mas sim de inspiração continua. Ter referências fortes nos ajuda a enxergar novas possibilidades e acreditar que somos capazes de ir além.

O futuro não é linear

Com o aumento da expectativa de vida, a tendência é vivermos mais e, com isso, termos múltiplas carreiras ao longo da vida. Eu gosto muito desse conceito, tanto que sou a, trabalho com tecnologia e ainda escrevo uma coluna. Quem disse que precisamos ser apenas uma coisa?

Aliás, essa é uma das grandes habilidades das mulheres. Desde sempre, conciliamos diferentes papéis – profissionais, mães, cuidadoras, gestoras da rotina familiar – e aprendemos a transitar entre áreas com naturalidade. No mercado de trabalho, isso se traduz na capacidade de se reinventar, de explorar novas oportunidades e de liderar com flexibilidade. E se antes nos diziam que precisávamos escolher uma única carreira para a vida toda, hoje sabemos que podemos ser muito mais do que um só rótulo.

Nunca é tarde para mudar

Você se lembra dos sonhos que tinha quando criança? Será que, ao longo dos anos, você tem sido fiel a si mesmo? Se a sua versão mirim pudesse te ver hoje, ela se sentiria orgulhosa do que você se tornou?

A boa notícia é que sempre há tempo para mudar, para redescobrir o que realmente faz sentido e usar as suas qualidades da melhor forma. Não precisamos seguir um caminho só porque já estamos nele. Podemos ajustar a rota, explorar novos horizontes e construir um futuro que faça mais sentido para quem realmente somos.

E talvez a pergunta não devesse ser “o que você quer ser quando crescer?”, mas sim “o que mais você quer ser ao longo da vida?” Afinal, o futuro não é uma linha reta. E a melhor parte é que podemos desenhá-lo como quisermos.

Foto: Freepik

Saionara Ugioni

a com mais de 14 anos de experiência em projetos de tecnologia, com foco na implementação de projetos inovadores para impulsionar negócios. Atualmente, é CEO da Innova Corporate, holding que engloba as empresas InnSpire e InnCash, voltadas ao desenvolvimento de software. Além disso, atua como Diretora do Polo Regional da ACATE – Cetus e Diretora da ACIC, contribuindo ativamente para o fortalecimento do ecossistema de empreendedorismo e inovação no Sul de Santa Catarina.

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