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Como agem as cores

Por Aline Savi.

A cor pode inspirar sentimentos, despertar sensações, causar efeitos e nos levar à percepções acerca de pessoas, fatos e comportamentos. Temos muito mais sentimentos e sensações conhecidos e nominados do que cores, então, sob este aspecto, as cores podem se comportar de formas diferentes dependendo a ocasião. Contudo, a cor sempre trará, mesmo intrinsecamente, um significado vinculado.

 

Impossível avistar uma cor sem sentirmos seus efeitos, sem que, de alguma forma, ela emita uma mensagem.

 

Saber usá-las com estratégia traz mais consistência à imagem que se deseja transmitir e à mensagem que se pretende comunicar.

Todas as cores possuem significados. No entanto, elas precisam ser percebidas dentro de um contexto. Assim como qualquer elemento de imagem pessoal é fundamental que haja entendimento sobre o contexto, adequação e identidade.

Nós entendemos o que vemos pelas sensações que nos causam e, neste sentido, a cor nos nos leva à estas sensações.

 

A cor, sob o contexto da política, precisa ser muito bem considerada, devendo ser aplicada como uma estratégia de propagação de imagem pessoal e, também, como um instrumento de reafirmação de discurso.

 

Afirmo (e reafirmo) que a roupa é um instrumento poderoso de comunicação política.

 

A roupa, por si só, não tem vida, ela precisa de alguém que empreste a ela esta condição. E, quem a veste, precisa usá-la como uma representação de identidade. Aqui, neste ponto, o papel da cor é essencial, será ela a responsável por despertar sensações, estimular sentimentos.

Cada cor atua de uma forma diferente, dependendo do objetivo que foi traçado para aquele momento, da ocasião em que será usada, das pessoas com as quais irá interagir. Uma mesma cor, quando usada em contextos distintos, poderá despertar efeitos positivos ou negativos. Assim, é fundamental analisar esta questão antes de vestir-se.

 

Exemplificando: o azul é uma cor de mensagens positivas; é, também, a cor preferida, cor da lealdade, da harmonia, das virtudes. Todos os sentimentos associados à esta cor são positivos, uma vez que se ligam ao divino. O vermelho é uma cor que se destaca, a quem é atribuído o significado de cor de todas as paixões (indo do amor ao ódio); cor do dinamismo. Ao amarelo se transfere o sentimento de otimismo mas, antagonicamente, o de ciúme também. O púrpura pode ser percebido como cor do poder, vinculando sentimento e intelecto, mas também falar sobre inconformismo.

Cores, na política, devem ser exploradas sob contextos específicos para que sirvam como instrumentos eficientes na reafirmação de discursos. Claro, sem esquecer a simbologia de cada partido. Lembre-se de que a cor é a responsável por despertar as mais diversas sensações e sentimentos e, é essencial que estes sejam positivos.

 

 

Aline Savi é advogada, consultora de imagem pública, personal stylist, especialista em etiqueta e pós-graduada em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.

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