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Conheça a origem e curiosidades sobre a Festa Junina

As festas juninas são esperadas todos os anos e inúmeras curiosidades estão ligadas aos itens que as compõem. As comemorações que marcam os meses de junho e julho são ricas em referências históricas e culturais.

Segundo historiadores, as festividades de junho têm origem pagã, e estariam ligadas ao solstício de verão que acontece nessa época do ano na Europa. Seu objetivo era afastar pragas e outros infortúnios das colheitas.

No entanto, no momento em que o cristianismo se consolida na Europa, essa festa acaba sendo incorporada ao calendário do catolicismo, como um tributo a São João que é celebrado oficialmente no dia 24 de junho,  a São Pedro e Santo Antônio, também homenageados no mês de junho.

No Brasil, a festa junina remonta ao século XVI, estudiosos afirmam ser de origem europeia, trazida pelos colonizadores portugueses. Ao longo do tempo, foi sofrendo influências da religião católica e sendo associada a alguns santos. Em Portugal, a celebração recebia o nome de festa joanina, em referência a São João, teve o seu nome alterado ao longo dos anos para fazer referência ao mês de junho, quando acontece. Junina vem de juniu, que é junho em latim.

Posteriormente, foram inseridos outros elementos pertencentes à cultura brasileira. Entre os itens juninos, estão dois que são vistos como principais: a dança, mais conhecida pelo nome de quadrilha, e a vestimenta típica. Antigamente, por serem festas promovidas pelas cortes, as mulheres tinham que usar vestidos voluptuosos e rodados. Daí a origem dos vestidos de quadrilhas, as vestimentas volumosas da época foram adaptadas no Brasil por vestidos rodados, sendo confeccionados com tecidos mais coloridos e chamativos, principalmente com chita.

Outra curiosidade é que a tradicional quadrilha tem origem nas danças de corte realizadas na Europa e, mais especificamente, na “quadrille”, dança da elite sa nos séculos ados.

As quadrilhas possuem bastante valorização na região Nordeste do país, como em Campina Grande, na Paraíba, onde é realizado um dos maiores concursos dessa modalidade. Ainda sobre a dança, é possível notar que alguns dos nomes de seus famosos os possuem origem sa, como “anarriê”, “amâ” e “tour”. Estes são utilizados em virtude da origem da dança, já que ela é herdada das festas da aristocracia sa.

As tradicionais fogueiras das Festas Juninas são herdadas das culturas greco-romanas e dos celtas. Esses povos cultuavam as fogueiras como forma de agradecimento aos deuses pelas boas colheitas. Essa prática também foi aderida no Brasil, fazendo com que esse item se tornasse mais um símbolo forte da festividade. Em nosso país, muitos acreditam que a fogueira seja uma forma de purificação e proteção contra maus fluidos, além de símbolo da reunião de familiares e amigos durante a festa.

Conhecidas como o principal enfeite decorativo das festas juninas, as bandeirolas surgiram como forma de homenagem aos três santos conhecidos como “padroeiros” das Festas Juninas: Santo Antônio, São Pedro e São João. As imagens dos santos eram pregadas nas bandeiras coloridas e imersas em água, rito conhecido como lavagem dos santos. De acordo com a crendice popular, a água purifica todos aqueles que se molham com ela. O tempo foi ando, as bandeirinhas diminuindo de tamanho, mas continuam até hoje com a mesma simbologia: de purificar o ambiente da festa.

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Ainda sobre os santos, Santo Antônio ficou conhecido como o santo casamenteiro. Essa “fama”, segundo alguns religiosos, veio de pedidos feitos por moças ao santo em busca de noivo e marido. Umas das formas de conseguir isso é colocar a imagem de Santo Antônio de castigo de alguma forma. Uma das maneiras mais conhecidas é mergulhá-lo de cabeça para baixo em uma bacia com água.

Já o famoso casamento caipira surgiu como forma de chacota aos casamentos clássicos, já que foge dos “padrões tradicionais”. A noiva aparece grávida e o pai obriga o noivo a se casar com uma espingarda apontada para a sua cabeça, tendo o apoio do delegado da cidade, que é amigo da família da noiva. O teatro do casamento é ainda maior, já que o noivo, que está embriagado, tenta fugir sem sucesso. O casamento caipira é finalizado com os noivos, então casados, puxando o início da quadrilha.

Você já conhecia alguma dessas curiosidades? Gostou de saber? Agradeço imensamente pela leitura até aqui, e semana que vem tem mais! Siga-me nas redes sociais:
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