Entidades se posicionam contra lei que regulamenta eventos em Criciúma
Nota conjunta de CDL e Sindilojas expressa insatisfação com o projeto.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, ao lado do Sindilojas, entidades que representam o comércio varejista local, publicaram uma nota oficial nesta segunda-feira (19) para expressar contrariedade quanto ao Projeto de Lei PE nº 17/2025, que trata da regulamentação de feiras e eventos no município.
No posicionamento, as entidades listam os seguintes motivos:
- Desde o ano de 2024 vêm participando de inúmeras reuniões,
acompanhando e apresentando sugestões ao projeto de Lei 17/2025 (feiras e
eventos), sempre visando proteger o comércio varejista local de feiras
temporárias;
- Algumas sugestões das entidades aram a integrar o projeto de lei.
- Várias sugestões apresentadas pelas entidades não foram contempladas no projeto de lei que está sob análise na Câmara de Vereadores de Criciúma.
- A nosso ver, o projeto, como está, põe em risco o comércio varejista da cidade, e até mesmo a segurança do consumidor, possibilitando a vinda de feiras com vendas diretas ao consumidor final, que não tem garantia de procedência de produtos, não tem onde se socorrer em caso de problemas,
etc.
- As entidades são a favor da liberdade econômica e desenvolvimento, mas é preciso que a legislação adote tratamento igual àqueles que vêm apenas abrir feiras em nosso município, sem o rigor das fiscalizações de toda natureza que são impostas aos locais.
- Estamos envidando esforços para que o Projeto de Lei não seja levado à
votação no dia de hoje na Câmara de Vereadores.
A nota é assinada pelas presidentes Andrea Gazzola Salvalaggio (CDL) e Renato Campos Carvalho (Sindilojas).
O projeto
De autoria do Poder Executivo, o PL revoga a legislação anterior (Lei nº 5.446/2009) e estabelece novas regras para a realização de eventos e feiras em Criciúma, incluindo eventos artísticos, esportivos, sociais, beneficentes e comerciais.
A proposta exige alvará de funcionamento para a maioria dos eventos, com exceções específicas para feiras de agricultura familiar, artesanato e eventos em locais previamente autorizados.
O projeto ainda prevê que os eventos possam ser realizados em espaços públicos ou privados, e estabelece critérios de segurança, ibilidade e normas sanitárias. Um dos pontos centrais da proposta é a possibilidade de parcerias com a iniciativa privada para realização desses eventos, desde que respeitados os princípios da legalidade, impessoalidade e transparência, conforme determina a legislação vigente, incluindo a Lei de Licitações.