“Não existe lugar em que a mulher não pode ocupar” – Eliane Márcia Chaves – delegada
Conheça a trajetória desta profissional numa carreira essencialmente masculina
Mesmo representando mais de 51% da população brasileira, as mulheres ocupam apenas 27% dos cargos na Polícia Civil e menos de 17% como delegados. Tais números não desmotivaram para que a natural de Nova Erechim, no oeste catarinense, Eliane Márcia Chaves cumprisse seu propósito em preservar a segurança da população e hoje se tornar Delegada da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Araranguá. “Mesmo em uma área muito dinâmica como a Polícia, para mim não existe um lugar que a mulher não pode ocupar”, reforça Eliane.
Formada em Direito e com ajuda da família, influenciada principalmente pelo pai militar e pela irmã, Eliane teve nome marcante na capital catarinense quando reativou o Canil Policial e a Delegacia de Combate ao Crime Organizado. ou ainda por importantes funções na Corregedoria da Polícia Civil e como Delegada da Mulher em Palhoça. Há três anos assumiu como delegada em Araranguá. “Sinto muito experiente, apta aos desafios e muito realizada”, resume.
A alta de feminicídios é um dos grandes desafios de Eliane junto ao cargo no Vale. “É uma área muito dinâmica, exige um sentimento de justiça ainda maior e um alto grau de comprometimento”, afirma. Para Eliane, cabe a mulher também se posicionar e ter um propósito em atender a população. “Qualquer mulher pode exercer o cargo na Polícia. Exige força física, mas muito mais intelectualidade e inovações na tecnologia que permitem da mulher um espaço perfeito dentro das corporações”, finaliza.