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‘Os Radley’ é um filme para esquecer de tão entediante

Foto: Paris Filmes

Lançamento da Paris Filmes neste fim de fevereiro, o filme ‘Os Radley’ é uma obra de comédia com elementos do terror, que traz à tona uma família de vampiros que vivem num subúrbio. Eles ficam escondidos do resto do mundo para guardar este segredo obscuro. É funcional em poucos momentos, divertido de vez em quando, mas nada interessante para um roteiro regular de uma adaptação literária.

Vizinhos queridos que todos gostariam de ter, os Radley na verdade são vampiros que sentem fome e sede de sangue. Helen (Kelly Macdonald) e Peter (Damian Lewis) escondem de todos, até de seus filhos, a verdadeira natureza dos quatro. Mesmo que tenham escolhido não beber sangue, o disfarce não se mantém por muito tempo após a filha se defender uma tentativa de assédio. Eles acabam tendo que revelar a verdade.

Uma trama bem juvenil, o filme apenas explora a família que, em poucos minutos, vai de amigável a disfuncional. O primeiro ato já entrega, de fato, o que o filme quer ar. É embaraçoso, de certa forma, entregar de bandeja toda a narrativa, que se desenrola conforme os pais decidem barrar os filhos.

Foto: Paris Filmes

A todo momento, o filme tenta incrementar um humor mais ácido, que se enrola em um drama pessimamente estruturado, sem tanto cuidado para não “desamarrar o nó”. A forma como ainda trata da desconfiança do vizinho, da mitologia de um vampiro que não tem profundidade alguma, e de um drama forçado para transmitir uma mensagem ao espectador, não funciona.

O diretor Euros Lyn erra na condução do projeto. Erra por não saber explorar mais do que poderia ter explorado. O erro de uma direção insegura também respinga nas atuações dos astros Damian Lewis, Bo Bragason, Jay Lycurgo, entre outros nomes que não fazem um trabalho legal. Estão regulares em um projeto regular, que não vai para frente, mesmo com o potencial que tem, e que é desperdiçado.

A trilha sonora incessante, em muitos momentos, incomoda, mas é boa, assim como os efeitos técnicos. Tem um design de arte bom, de fato, para pelo menos um filme de menor orçamento e focado em um público jovem. ‘Os Radley’ é competente em certas sequências da história, mas se perde em não saber explorar uma mitologia rica do vampirismo e um drama existente que não é tão pautado dentro da obra.

Nota: 5

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