Está dito: Prefeito de Chapecó anuncia que vai disputar o Governo em 2026
As declarações de João Rodrigues foram acompanhadas por diversas lideranças estaduais, inclusive, Vaguinho e Clésio Salvaro, de Criciúma / Foto: Divulgação
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), disse não ter mais volta da decisão. Vai ser candidato ao Governo do Estado, em 2026, e, inclusive, já programou a data do lançamento da pré-candidatura, no dia 22 de março, no dia do aniversário dele, em Chapecó. A declaração dele foi feita no último sábado, 25, em Itapema, na presença de inúmeras lideranças políticas, e de renome no estado. Entre elas, o prefeito de Florianópolis, Topázio Netto; de Criciúma, Vaguinho Espíndola; de Camboriú, Leonel Pavan, além de deputados como os estaduais, Julio Garcia, Paulinha e Napoleão Bernardes, e da federal Giovânia de Sá, entre outros, ou seja, uma multiplicação de nomes de vários partidos, incluindo do MDB, Novo e Podemos. Disse ter o aval da população de Chapecó, pois, foi eleito com 83% dos votos, mesmo tendo alertado durante a campanha que iria deixar o cargo de prefeito para concorrer ao governo. Seja como for, está deflagrada a antecipação oficial da campanha eleitoral em Santa Catarina. João, destaca que a disputa será pela capacidade individual de cada um, entre ele e Jorginho. Enfim, resta saber como a esquerda tentará tirar proveito.
O outro lado
Há de se considerar que a partir do interesse do prefeito de Chapecó, na disputa pelo Governo do Estado, irá travar um forte embate político com o atual governador Jorginho Mello (PL), que também já trabalha pela reeleição. A principal particularidade está na corrente liberal que envolve os dois, além da aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Haverá uma disputa de direita. Disso não há como fugir. Jorginho por sua vez, está trabalhando para fortalecer o restante da gestão, com trocas de nomes específicos no alto escalão, visando dinamizar ainda mais os trabalhos. Permanece no aguardo das decisões do MDB, para o preenchimento de outras importantes Pastas. O Partido é, sem dúvida, sempre, a “noiva” de luxo a cada pleito. Porém, Jorginho já demonstrou que precisa unir forças com outras correntes, caso não possa contar com o MDB, que, aliás, já deve também estar de olho numa composição contrária aos interesses do atual governador, alinhando-se com o PSD de João Rodrigues. Portanto, tem, internamente, quem quer o desembarque, e outros não. Uma decisão complexa, pois, por hora, é difícil saber quem lá na frente será o candidato em potencial para vencer o pleito. Por isso, o MDB, segue de certa forma indeciso. Gosta de estar no poder, e isso é fato. De quebra, só tem a força partidária para servir como aliado, sem nenhum nome para o Governo.
Força política
João Rodrigues parte para a disputa de forma incisiva. Não quer mais ouvir falar em Senado. E sim, disputar o Governo. A dinâmica da gestão dos últimos anos em Chapecó, o credencia a postular a condição que quer no próximo pleito. Não há nada que impeça, nesse sentido. Nem mesmo Jair Bolsonaro, que por certo, nem vai se envolver. De certa forma, tanto João, como Jorginho, terão de avaliar mais à frente o cenário. A esquerda irá querer tirar proveito da situação e verá como uma oportunidade, justamente pela dispersão das forças eleitorais para um mesmo lado. Questão que não poderá ser subestimada.
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